Qual a velocidade máxima na rodovia? Entenda a lei que alterou os limites no Brasil e evite multas
Lei de 2022 alterou limites de velocidade em rodovias. Entenda as novas regras para pistas simples e duplas e evite multas na estrada
Se você ainda dirige “no automático” achando que as regras são as mesmas de cinco anos atrás, cuidado: você pode estar em risco ou sujeito a multas. Desde de 2022, a velocidade máxima das rodovias brasileiras exige atenção redobrada ao volante e às placas de sinalização. Acompanhe o Garagem360 e entenda o que mudou!
Qual é o limite de velocidade nas rodovias hoje?
Para acabar com a dúvida, a regra geral do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio da Lei 14.440, divide os limites pela estrutura da via (pista simples ou dupla) e pelo tipo de veículo. Confira os valores máximos permitidos onde não houver sinalização específica:
1. Rodovias de pista dupla
São aquelas com separação física (canteiro central, guard-rail) entre as faixas de ida e volta.
- Carros, motos e picapes (leves): 110 km/h
- Caminhões e ônibus (pesados): 90 km/h
2. Rodovias de pista simples
Aquelas onde a divisão dos fluxos opostos é feita apenas pela pintura no asfalto (faixa amarela).
- Carros, motos e picapes (leves): 100 km/h
- Caminhões e ônibus (pesados): 90 km/h
3. Estradas (vias rurais não pavimentadas)
As populares estradas de terra ou cascalho.
- Todos os veículos: 60 km/h
Atenção: A lei define que a sinalização (placas) tem prioridade sobre a regra geral. Se a placa disser 80 km/h em uma pista dupla, é ela que vale.
Por que o limite de velocidade na estrada mudou?
A principal alteração trazida pela nova legislação foi acabar com a padronização excessiva e adaptar a velocidade à realidade da infraestrutura. A regra agora segue uma lógica de engenharia de tráfego:
- Rodovias duplicadas (Ex: BR-101 e BR-116): em trechos com boa estrutura, a lei permitiu ampliar o limite para veículos leves. O objetivo foi dar vazão ao fluxo e reduzir o tempo de viagem onde a segurança permite.
- Rodovias de pista simples (Ex: BR-163): aqui, o rigor aumentou. A meta é clara: diminuir as colisões frontais (ultrapassagens mal sucedidas). A redução para 100 km/h visa harmonizar a velocidade de carros e caminhões, tornando a condução mais previsível.
Regras mais rígidas para caminhões
A lei não tratou todos os veículos de forma igual. Para ônibus e caminhões, a fiscalização tornou-se mais severa, fixando o teto em 90 km/h na maioria das situações rodoviárias.
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Além disso, em trechos de aclive (subidas), curvas fechadas e áreas com histórico de acidentes, a sinalização pode reduzir esse limite drasticamente, forçando uma condução defensiva e garantindo tempo de frenagem para veículos carregados.
Qual o impacto?
A implementação da lei exigiu uma força-tarefa do DNIT e das concessionárias. Radares foram recalibrados e a sinalização vertical (placas) foi atualizada em todo o país. E o resultado? Dados preliminares mostram que a estratégia funcionou.
Trechos de pista simples que tiveram a velocidade padronizada em 100 km/h registraram queda no número de acidentes graves. Já nas vias duplicadas onde o limite subiu para 110 km/h, o trânsito fluiu melhor sem aumento significativo de ocorrências.
Ao viajar recentemente, você percebeu que a sinalização mudou ou sentiu que o trânsito ficou mais seguro com essas alterações? Comente aqui!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.

