Saiba como funcionam rastreadores, localizadores e bloqueadores

Segundo levantamento do Governo do Estado de São Paulo, até o mês de maio de 2016, na região da Grande São Paulo, aconteceram 31.952 roubos de veículos e 46.619 furtos. Quando o assunto é a preservação do patrimônio, a importância e a validade do seguro como instrumento de proteção é inquestionável. Mas os equipamentos de segurança automotiva também podem ajudar.

Um bom exemplo são os rastreadores, que mostram a localização e o histórico de posicionamento do automóvel, calculando e enviando os dados para a central. Este tipo de acessório é instalado por meio de uma antena interna de GPS. “Com isso, obtemos a informação de longitude e latitude e ainda conseguimos informações sobre velocidade e hodômetro (serve para medir as distâncias percorridas)”, comenta Karina Simões, diretora comercial da Logos Soluções Tecnológicas, empresa paranaense de rastreamento.

Apesar da cobertura do GPS ser global, os rastreadores ainda utilizam modems que necessitam da cobertura das operadoras de telefonia para transmitir a localização do carro. “Esses sistemas também contam com um modem de comunicação GSM/GPRS que, por meio da rede celular, transmite para o Data Center da empresa os dados coletados pelo GPS, e eles são disponibilizados ao cliente por meio de um software”, explica Karina. Lá, a taxa de instalação do rastreador varia entre R$ 200 e R$ 500.

|Foto:  Senado Federal via Visual hunt / CC BY

Rastreadores necessitam da cobertura das operadoras de telefonia para transmitir a localização do automóvel |Foto: Senado Federal via Visual hunt / CC BY

Os localizadores são soluções intermediárias, e oferecem ao usuário a localização sob demanda do automóvel. “Ou seja, o motorista contata a central de monitoramento que, por sua vez, fornece apenas o posicionamento atual do carro, sem qualquer histórico. As técnicas de localização são, em sua maioria, por rádio frequência, com antenas direcionais, triangulação e trilateração de sinais”, explica Fabio Fávari, diretor de engenharia da Pósitron, empresa que comercializa esses equipamentos.

Favária destaca ainda que os localizadores informam apenas o local onde o veículo roubado ou furtado está localizado. “Por conta do alcance limitado ou da necessidade de infraestrutura específica dessas técnicas, a área de cobertura é geralmente limitada às regiões metropolitanas e cidades específicas, um ponto importante ao qual o usuário deve se atentar”. Ainda segundo o diretor, esses aparelhos têm custo de produção e venda menor do que os rastreadores, o que os tornam mais convenientes e efetivos, mesmo em comparação aos bloqueadores.

Com o localizador dá para visualizar, em tempo real, a posição do modelo. Dependendo do software de monitoramento, o usuário ainda consegue ter acesso a essas informações tanto pelo computador quanto pelo smartphone. Os bloqueadores, por sua vez, oferecem apenas o bloqueio do carro à distância. Em casos de furto ou roubo, o motorista comunica a central de atendimento e esta envia um comando de bloqueio ao automóvel por meio de um sinal de rádio-frequência.

Vale frisar que o bloqueio pode acontecer em qualquer local, sem informação de localização. Por isso, encontrar o automóvel não é uma tarefa comum. Assim, para contornar a situação, muitos modelos de bloqueadores possuem sinais de seta e sirene, aumentando as possibilidades de recuperação do veículo.

Independentemente do equipamento escolhido (rastreador, localizador ou bloqueador), normalmente eles são instalados nos lugares mais escondidos e de difícil acesso dentro do carro, e é sigiloso até para o proprietário.

 

Talita Morais
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Talita Morais

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