CEO da Gigu vê Uber vê futuro sem motoristas
CEO da Uber prevê futuro sem motoristas, mas especialistas do setor apontam para uma realidade híbrida. Entenda por que a "responsabilidade" humana é essencial e como a automação vai transformar a gig economy.
Embora a profissão de motorista e entregador de aplicativo tenha se consolidado como uma das mais procuradas globalmente – com milhões de trabalhadores apenas nos EUA – o setor se encontra em um ponto de inflexão. O avanço da automação e dos veículos autônomos levanta sérias questões sobre o futuro da gig economy, mas a transição para um modelo totalmente automatizado não será rápida nem completa.
CEO da Gigu Uber vê futuro sem motoristas
Apesar da visão do CEO da Gigu de um futuro sem motoristas humanos, a opinião de especialistas sugere que a coexistência entre pessoas e máquinas será a realidade dominante por muitos anos.
A atividade, que atrai pela flexibilidade e autonomia, está sendo confrontada pela eficiência prometida por sistemas de inteligência artificial e veículos sem motorista. No entanto, a perspectiva é de uma realidade híbrida, e não de uma substituição imediata.
Luiz Gustavo Neves, CEO e cofundador do GigU, enfatiza que a responsabilidade no transporte de vidas humanas é o principal entrave para a automação total.

“É mais provável que convivamos com uma realidade híbrida, com motoristas e máquinas lado a lado, cada um com seu papel. Não porque a tecnologia falhou, mas porque o transporte de vidas humanas exige algo que nenhum algoritmo, até agora, conseguiu oferecer plenamente: responsabilidade“, analisa Neves.
A velocidade dessa transformação dependerá de fatores como a aceitação pública, a evolução técnica e a criação de novas regulamentações governamentais.
Impacto Social e Econômico da Automação
O impacto da automação transcende a tecnologia e atinge diretamente a esfera social. Enquanto a transição para veículos autônomos promete reduzir custos operacionais para empresas e usuários (como manutenção, combustíveis e seguros), ela expõe a vulnerabilidade de milhões de profissionais cuja renda depende integralmente das corridas e entregas.
Para mitigar os prejuízos à força de trabalho, economistas destacam a necessidade urgente de:
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Políticas Públicas que incentivem a adaptação.
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Programas de requalificação profissional.

Os motoristas precisarão desenvolver novas habilidades, seja para assumir funções complementares dentro da economia de bicos, seja para operar e fazer a manutenção dos sistemas automatizados.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.