A Nissan está à beira da falência? O plano de sobrevivência está funcionando?
Descubra por que a Nissan está em crise, qual é o plano agressivo de cortes e demissões do novo CEO e se a montadora conseguirá se reerguer no competitivo mercado global.
A Nissan, gigante japonesa do setor automotivo, está em meio a um plano radical para se reestruturar e se livrar de uma crise que assombra a empresa há anos. Com cortes de bilhões de ienes e a eliminação de 20 mil empregos, a montadora busca se salvar de um cenário de vendas em queda e competição acirrada. Mas será que o plano de sobrevivência está funcionando?
A Nissan está à beira da falência? O plano de sobrevivência está funcionando?
O novo CEO, Ivan Espinosa, tem liderado reformas agressivas. Segundo uma fonte da empresa ouvida pelo Nikkei Asia, as mudanças são um avanço significativo em relação à gestão anterior.
“Comparado à era do ex-presidente Makoto Uchida, que não implementou nenhuma reforma fundamental, esta é 100 vezes melhor. Mas ainda não é uma empresa normal”, disse a fonte.
Para cortar custos fixos e variáveis, a Nissan planeja economizar 500 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 18 bilhões). A estratégia inclui o fechamento de até sete fábricas ao redor do mundo, o que resultará na demissão de 20 mil funcionários. Embora a medida signifique uma economia bilionária, grande parte desse valor será gasto com indenizações e pensões.
Além dos cortes, a Nissan enfrenta outro grande desafio: a falta de um “carro matador” — um modelo que seja um sucesso de vendas e ajude a alavancar a receita. A empresa planeja trazer seu sistema híbrido e-Power para os Estados Unidos, mas especialistas se questionam se a tecnologia será bem recebida pelos consumidores americanos.
Necessidade de inovar
Outro ponto de atenção é a inovação. O desenvolvimento de novos veículos e de tecnologias de ponta, como os carros definidos por software, exige grandes investimentos, algo que a Nissan talvez não consiga arcar no momento.
A receita da montadora tende a diminuir à medida que a capacidade de produção é reduzida, o que complica ainda mais os planos de atualização da sua linha de veículos.
Apesar do cenário de incertezas, a Nissan aposta em uma estratégia de recuperação que envolve um realinhamento de produção, otimização de portfólio e investimentos em tecnologias estratégicas. A montadora está concentrando esforços em mercados-chave e na produção de veículos que gerem maior valor, buscando restaurar a rentabilidade e a confiança dos investidores.
Acredita que o plano da Nissan será suficiente para salvá-la da crise? O que a montadora precisa fazer para voltar a ser competitiva no mercado global? Deixe sua opinião nos comentários!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.