Toyota, Volkswagen e GM podem ser prejudicadas se Lula favorecer a BYD
O mercado automotivo brasileiro está em um momento decisivo, e grandes montadoras como Toyota, Volkswagen e GM estão em alerta.
Elas temem que, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva favorecer a empresa chinesa BYD, a indústria automotiva nacional possa ser gravemente afetada.
As alegações de prejuízo envolvem riscos de demissões em massa e uma desaceleração no setor, impactando milhares de trabalhadores e fornecedores locais.
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O que está em jogo para as montadoras tradicionais no favorecimento à BYD?
Antes de mais nada, vale pontuar que a Toyota, Volkswagen e GM não são apenas gigantes no Brasil, mas também pilares da economia e do emprego local.
Segundo essas montadoras, o governo brasileiro, ao facilitar a entrada de carros chineses no país, pode comprometer os empregos de milhares de brasileiros.
A principal preocupação é com os carros importados da China, como os produzidos pela BYD, que chegam ao Brasil parcialmente montados e têm baixo impacto na geração de postos de trabalho locais.
Essas empresas alertam que, se o modelo de importação de veículos semi-montados for privilegiado, os investimentos em fábricas brasileiras podem ser reduzidos drasticamente, o que resultaria em demissões e cortes em novos postos de trabalho.
A previsão é que, no pior cenário, até 50 mil vagas sejam afetadas em toda a cadeia produtiva.
Por que a entrada de veículos da China preocupa as montadoras?
A introdução de veículos com peças fabricadas fora do Brasil é um grande ponto de discórdia. A BYD, por exemplo, opera com o modelo Semi Knocked Down (SKD), onde as peças chegam montadas parcialmente e são finalizadas no Brasil.
Esse sistema, de acordo com as montas locais, reduz as contratações locais e impacta diretamente a produção de autopeças e empregos.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe representantes da BYD Brasil no Palácio do Alvorada. Brasília – DF. Foto: Ricardo Stuckert
O impacto nas montadoras locais: o que pode acontecer?
As grandes montadoras que produzem carros no Brasil já alertaram que a introdução de incentivos para a importação de veículos sem a produção local não só diminuiria os investimentos como também afetaria diretamente a geração de empregos.
Segundo elas, isso resultaria em:
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Redução de investimentos: até R$ 60 bilhões podem ser cortados, afetando os planos de expansão de fábricas e a contratação de novos funcionários.
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Destruição de empregos: aproximadamente 10 mil novos postos podem ser suspensos, e 5 mil empregos já existentes correm o risco de serem eliminados.
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Impacto na cadeia de autopeças: a indústria de autopeças, essencial para a fabricação de veículos no Brasil, perderia a demanda e muitos fornecedores podem fechar suas portas.
O que o governo pensa sobre isso?
Atualmente, o governo brasileiro analisa a possibilidade de reduzir impostos de importação para veículos montados fora do Brasil, como os da BYD.
Segundo a montadora chinesa, a redução de tarifas seria essencial para fomentar o mercado de carros elétricos no Brasil, algo que o governo pode considerar uma prioridade para a modernização do setor automotivo, incluindo diversos outros benefícios.
Há também a possibilidade de que isso resulte em uma maior competitivadede de preços, considerando o valor mais baixo dos veículos chineses (o famoso “efeito BYD”).
No entanto, as montadoras nacionais temem que esse incentivo favoreça ainda mais a indústria chinesa e prejudique o desenvolvimento local. Elas argumentam que isso enfraqueceria a competitividade do setor brasileiro e, consequentemente, a geração de empregos de qualidade.
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O que você pensa sobre isso? Será que o governo deveria favorecer as montadoras nacionais ou incentivar os carros da China para modernizar a indústria automotiva do país? Deixe sua opinião nos comentários.