Robotáxi da Tesla mal começou a operar e já enfrenta problemas
Robotáxi da Tesla mal começou a operar e já enfrenta problemas. Veja quais as barreiras enfrentadas pela empresa de Elon Musk.
A Tesla deu um passo significativo no futuro da mobilidade ao lançar uma pequena operação de robotáxis em Austin, Texas, no último domingo, alinhando-se ao cronograma ambicioso de Elon Musk. No entanto, a novidade, que ainda está em fase inicial, já acende um alerta: vídeos que circulam online sugerem que os veículos autônomos da marca podem ter infringido leis de trânsito.
Robotáxi da Tesla mal começou a operar e já enfrenta problemas
Inicialmente, o serviço conta com uma frota limitada de Tesla Model Ys autônomos, cada um com um monitor humano no banco do passageiro para supervisão.
A operação se restringe a uma pequena área da cidade e atende a um grupo seleto de influenciadores pré-selecionados, conforme noticiado pela Reuters. Além do monitoramento presencial, equipes remotas também acompanham o desempenho dos veículos.
Após a repercussão de vídeos que parecem mostrar os SUVs autônomos desrespeitando regras de trânsito, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), órgão regulador dos EUA, prontamente contatou a Tesla para obter mais informações. Embora o contato da NHTSA com fabricantes não seja incomum, conforme reportado pela Bloomberg, a atenção sobre a segurança dos robotáxis da Tesla aumenta, especialmente por se tratar de uma operação inicial.
Elon Musk havia prometido o lançamento do serviço de “Full Self-Driving” (Direção Totalmente Autônoma) sem supervisão como um serviço pago em Austin até junho, conforme declarado em uma teleconferência de resultados.
Planos de expansão
Para esta fase inicial, a Tesla utilizará sua frota interna de Model 3 e Model Y, e não o Cybercab, veículo dedicado a robotáxis revelado em outubro, cuja produção está prevista apenas para 2026. Os veículos da Tesla já operam de forma autônoma em sua fábrica em Fremont, Califórnia, e a empresa planeja estender essa autonomia a outras instalações globais, além de expandir o serviço de robotáxis para outras cidades dos Estados Unidos até o final do ano.
Musk destacou a abordagem da Tesla: “Nossa solução é uma solução de IA generalizada. Ela não requer mapas de alta precisão de uma localidade, então só queremos ser cautelosos.”
Essa “solução de IA generalizada” permite que os veículos aprendam e se adaptem a diferentes ambientes sem a necessidade de mapeamento detalhado prévio, diferentemente de concorrentes como a Waymo, que já oferece serviços de transporte autônomo há anos em Phoenix, Los Angeles, São Francisco e com planos de expansão para Austin, Atlanta e Miami.
Se o plano da Tesla se concretizar, marcará a estreia do software de direção autônoma completa sem supervisão para o público, abrindo caminho para a ambiciosa Tesla Network, proposta há quase uma década.
A ideia é permitir que proprietários de Teslas possam alugar seus veículos pessoais como parte de uma frota de aplicativos de transporte. No entanto, antes de isso se tornar realidade, a Tesla precisa não só resolver questões de faturamento, mas, primordialmente, garantir que seus carros possam se dirigir sozinhos com total segurança.
Você se sentiria seguro utilizando um robotáxi da Tesla nesta fase inicial, considerando os relatos de infrações?
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.