Japão contra China: Motos Honda agora serão produzidas em nova super fábrica
Descubra como Honda e Suzuki estão construindo as maiores fábricas de motos do mundo na Índia, em uma resposta estratégica e silenciosa ao avanço chinês.
Uma moto Honda a cada 12 segundos. É assim que a marca japonesa quer vencer as fabricantes chineses com seus modelos agressivos e cheios de tecnologia.
Não se trata de uma nova superbike ou um design revolucionário, mas sim de uma aposta massiva na capacidade de produção industrial. Honda e Suzuki estão construindo na Índia as duas maiores fábricas de motocicletas do planeta, um movimento estratégico para reafirmar seu domínio global.
Uma Moto Honda a cada 12 Segundos
A Honda está levando o conceito de “gigante” a sério. Sua fábrica em Vithalapur, na Índia, será a maior planta de motos do mundo. Com uma quarta linha de montagem já em construção e previsão de inauguração para 2027, a capacidade anual alcançará impressionantes 2,61 milhões de unidades. Isso significa que a Honda será capaz de fabricar uma moto a cada 12 segundos!
Desde seu início em 2016, com uma capacidade de 600 mil unidades, a fábrica de Vithalapur escalou sua produção para mais de 2 milhões de unidades por ano.
O objetivo é claro: transformar a Índia no epicentro mundial da produção da Honda. Essa decisão não se baseia apenas no tamanho colossal do mercado indiano, mas também no papel estratégico do país como uma plataforma de exportação global.
Em 2024, mais de seis milhões de motos foram montadas em solo indiano pela Honda, ultrapassando a marca de 70 milhões de unidades produzidas no país.
Suzuki: Foco na Eficiência e nos Volumes Globais
A Suzuki não fica para trás. A empresa confirmou recentemente a construção de uma nova fábrica em Kharkhoda (Haryana), também na Índia, com um investimento de 137 milhões de dólares. Quando estiver em operação em 2027, essa unidade adicionará mais 750 mil unidades anuais à sua capacidade de produção.
A estratégia da Suzuki é discreta, mas eficaz: dominar o segmento de scooters, motos utilitárias e de pequena cilindrada. É justamente nesse nicho que se concentram os volumes de vendas verdadeiramente massivos.
Além da Índia: Centros de Exportação Estratégicos
Tanto a Honda quanto a Suzuki estão olhando muito além do mercado indiano. A verdadeira intenção por trás dessas megainvestimentos é transformar essas fábricas em centros logísticos e de produção cruciais para abastecer regiões como o Sudeste Asiático, a África e a América Latina.
Diante do avanço chinês, que conquistou mercados com uma combinação de preços agressivos e designs ambiciosos, as fabricantes japonesas estão apostando no longo prazo. Elas demonstram a força tranquila de quem tem décadas de experiência e uma reputação consolidada.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.