Correios dos Estados Unidos não querem frota de carros elétricos
Correios dos Estados Unidos não querem frota de carros elétricos. Impasse entre governo e instituição pode levar a um grande prejuízo.
O plano de eletrificação do Serviço Postal dos EUA (USPS) enfrenta um novo e custoso obstáculo, levantando questões sobre o desperdício de dinheiro público e a modernização de uma frota antiga com a adição de carros elétricos. Governo e Congresso se veem em um impasse que pode custar bilhões aos contribuintes.
Correios dos Estados Unidos não querem frota de carros elétricos
Desde o governo Trump, o USPS tem buscado renovar sua antiga frota de veículos de entrega. O plano original previa a adição de mais de 160.000 novas vans, com apenas 10% delas sendo elétricas. No entanto, após a eleição de 2020, o governo Biden solicitou ao Congresso uma participação muito maior de veículos elétricos.
Uma nova fórmula elevou o pedido mínimo de vans elétricas para 45.000, um aumento de 300%, além de quase 10.000 vans elétricas Ford E-Transit.
Com isso, os veículos adicionados à frota do USPS em 2025 serão quase igualmente divididos entre elétricos e a combustão, e a partir de 2026, serão exclusivamente elétricos. O cronograma revisado prevê a conclusão de todo o plano de US$ 10 bilhões até 2028.
O impasse político e o custo para o contribuinte
A tentativa do Congresso e do governo de derrubar a ordem de eletrificação do Serviço Postal esbarrou em um entrave processual.
O supervisor do Senado indicou que a rejeição da ordem de veículos elétricos não pode ocorrer com maioria simples, exigindo uma maioria absoluta de 60 votos — uma tarefa árdua para os republicanos, que detêm apenas uma pequena maioria na casa.
O mais irônico é que ninguém no próprio Serviço Postal está pedindo essa reversão. Pelo contrário, o USPS alertou os legisladores de que reverter o processo agora seria um enorme desperdício de dinheiro do contribuinte.
A substituição dos veículos elétricos já existentes custaria ao serviço aproximadamente US$ 1 bilhão. Desse valor, quase metade seria para veículos já entregues, somado ao custo de contratos para veículos ainda não entregues. Além disso, a desativação do sistema de recarga recém-instalado representaria uma perda de US$ 500 milhões em investimentos recentes.
Uma reviravolta neste momento não apenas jogaria dinheiro fora, mas também prejudicaria significativamente os esforços do USPS para modernizar sua frota. O dilema atual não é apenas político, mas também financeiro e logístico, com impactos diretos no bolso do cidadão e na eficiência do serviço postal.
O que você pensa sobre esse impasse na eletrificação do Serviço Postal dos EUA?
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.