Mercedes testa tinta que pode gerar até 20 mil km de autonomia para carros elétricos

Mercedes testa tinta que pode gerar até 20 mil km de autonomia para carros elétricos. Veja como funciona essa tecnologia.

A busca por fontes de energia limpa e renovável para carros elétricos é um desafio para as montadoras. A Mercedes-Benz revelou estar explorando uma tecnologia inovadora que beira a ficção científica. 

A montadora desenvolveu uma tinta solar capaz de gerar eletricidade e impulsionar a autonomia de seus veículos em até 20 mil km por ano, dependendo das condições de luz solar. 

Mercedes testa tinta solar que pode gerar até 20 mil km de autonomia para carros elétricos

A montadora alemã apresentou essa visão futurista em seu centro de pesquisa e desenvolvimento em Sindelfingen, na Alemanha. A ideia é substituir a pintura convencional dos veículos por um material fotovoltaico.

O material é ultrafino, com apenas 5 micrômetros de espessura – mais fino que um fio de cabelo humano. Essa tinta seria aplicada em todos os painéis da carroceria, transformando cada centímetro do carro em um potencial gerador de energia. 

De acordo com a Mercedes, a área coberta pela nova tinta seria mais de três vezes superior à disponível em um carro com um único painel solar flexível no teto, o que aumentaria sensivelmente a captura de energia do sol. 

Mercedes testa tinta solar que pode gerar até 20 mil km de autonomia para carros elétricos - Foto: Divulgação
Mercedes testa tinta solar que pode gerar até 20 mil km de autonomia para carros elétricos – Foto: Divulgação

Os números apresentados pela empresa são impressionantes. Em uma cidade ensolarada como Los Angeles, um veículo equipado com essa tecnologia poderia gerar energia suficiente para rodar cerca de 20.000 km por ano. 

Mesmo em um local com menos incidência, como Stuttgart, na Alemanha, a autonomia adicional estimada seria de 12.000 km. Convertendo para a realidade brasileira, com alta irradiação solar em diversas regiões, os ganhos de autonomia poderiam ser mais expressivos, ultrapassando facilmente os 20 mil km, dependendo da localidade. 

Como funciona?

Para que a energia capturada pela tinta solar seja utilizada, cada painel da carroceria precisa ser isolado galvanicamente e conectado a um conversor de energia. Este, por sua vez, direciona a eletricidade gerada para a bateria do veículo ou diretamente para os motores elétricos. 

Imagem: Divulgação/ Mercedes-Benz
Imagem: Divulgação/ Mercedes-Benz 

Segundo a montadora, uma fina camada à base de nanopartículas permite que 94% da energia solar atinja o material fotovoltaico subjacente. Essa camada também oferece um espectro completo de opções de cores, embora tons mais escuros tendem a capturar mais energia. 

A eficiência de conversão de luz solar em eletricidade alcançada pela tinta é de até 20%, patamar semelhante ao dos painéis solares comerciais.

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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