PROTESTE constata que Caixa Econômica Federal tem os melhores financiamentos para motocicletas
Pesquisa apontou ainda que, no caso da Suziki Inazuma 250, é mais vantajoso fazer negócio com o HSBC
A PROTESTE Associação de Consumidores analisou 48 opções de financiamento para motocicletas e constatou que a Caixa Econômica Federal se mostrou a mais vantajosa para todos os modelos, com exceção da Suzuki Inazuma 250 – neste caso, vale mais a pena contratar o HSBC. Como o resultado varia de acordo com a época e as promoções, a recomendação da entidade é pesquisar o Custo Efetivo Total (CET) em diversos bancos e concessionárias antes de fechar negócio.
Para o estudo, foi feita a simulação de financiamento de quatro motos de até 250 cilindradas pelo Crédito Direto ao Consumidor (CDC), com 40% de entrada do valor do veículo e parcelamentos de 24 e 36 meses.
Modelo (valor total – R$)/Banco | Financiamento de 60% do valor da moto | |||
24 vezes | 36 vezes | |||
Parcela mensal (R$) | CET (ao ano) (%) | Parcela mensal (R$) | CET (ao ano) (%) | |
DAFRA NEXT 250 (R$ 13.790) | ||||
Caixa | R$ 456,20 | 32,52% | R$ 343,46 | 32,24% |
HSBC | R$ 464,22 | 34,98% | R$ 357,22 | 36,22% |
Banco do Brasil | R$ 473,14 | 37,74% | R$ 379,76 | 42,81% |
Bradesco | R$ 612,86 | 84,27% | R$ 544,39 | 94,02% |
HONDA CB TWISTER 250 (R$ 14.490) | ||||
Caixa | R$ 479,36 | 32,52% | R$ 360,90 | 32,24% |
Banco do Brasil | R$ 497,15 | 37,74% | R$ 399,03 | 42,80% |
HSBC | R$ 515,85 | 43,33% | R$ 396,24 | 42,02% |
Bradesco | R$ 643,98 | 84,28% | R$ 572,02 | 94,02% |
SUZUKI INAZUMA 250 (R$ 16.800) | ||||
HSBC | R$ 520,31 | 23,72% | R$ 400,37 | 27,98% |
Caixa | R$ 555,78 | 32,52% | R$ 418,43 | 32,24% |
Banco do Brasil | R$ 576,41 | 37,74% | R$ 462,65 | 42,80% |
Bradesco | R$ 764,64 | 89,59% | R$ 663,21 | 94,02% |
YAMAHA LANDER 250 (R$ 14.150) | ||||
Caixa | R$ 468,11 | 32,52% | R$ 352,43 | 32,24% |
HSBC | R$ 476,27 | 34,96% | R$ 366,49 | 36,21% |
Banco do Brasil | R$ 485,49 | 37,74% | R$ 389,67 | 42,80% |
Bradesco | R$ 628,86 | 84,27% | R$ 558,60 | 94,02% |
De olho nas dicas
Se o objetivo é financiar, o ideal é que se faça o levantamento do preço da moto à vista e negocie um desconto. Com o orçamento na mão, vá a um banco e solicite o crédito para o veículo. Depois que o dinheiro for depositado na conta (pelo preço à vista), basta realizar o pagamento para o banco em suaves prestações, ou escolher o financiamento direto na concessionária, já que a maioria possui instituição bancária própria.
Mas, antes de optar pela concessionária ou pelo banco comercial, observe a taxa de juros e peça informações sobre o Custo Efetivo Total (CET) – só ele mostra as taxas que estão inclusas no financiamento. Embora seja um direito garantido por lei, nem sempre é fácil consegui-lo. Mas insista, porque, segundo a PROTESTE, o CET é a melhor ferramenta de comparação em qualquer financiamento (quanto menor o CET, menor o custo).
Muitas vezes, a propaganda mostra uma taxa menor do que a da concorrência e até juro zero, mas ao preço final são embutidas outras cobranças, como imposto sobre operações financeiras (IOF), tarifa de abertura de cadastro e serviço de despachante, entre outras. A dica aqui é questionar quais os tributos inclusos e, se possível, pague-os à vista.
Também fundamental pesquisar em diversos locais porque as diferenças são grandes. Por exemplo, se o objetivo é adquirir uma Inazuma 250, dando de entrada 40% e parcelando em 36 vezes, na concessionária Suzuki de Botafogo, no Rio de Janeiro, o CET seria de 47,74% ao ano; no Bradesco, 94,02% ao ano; e no HSBC, 27,98% ao ano – os dados são da entidade de defesa do consumidor.
Na prática, você pagaria uma prestação de R$ 483 no primeiro local; R$ 663,21, no segundo; e R$ 400,37, no terceiro. Ou seja, se escolhesse a segunda opção, seriam R$ 9.462,24 a mais. Fora as taxas, é preciso ter em mente que se está assumindo um compromisso a longo prazo. Então, antes de fechar o negócio, é fundamenta checar se poderá arcar com todas as despesas. Além das parcelas, inclua na conta os custos com combustível, seguro, impostos e manutenção. Lembre-se de que, se interromper o pagamento, o banco pode entrar com uma ação judicial para ficar com a moto, que será leiloada.