Indústria da gasolina deve se preocupar com o crescimento dos carros elétricos?
Indústria da gasolina deve se preocupar com o crescimento dos carros elétricos? Veja esse post com nossa perspectiva sobre o tema.
À medida que os carros elétricos têm ganhado espaço, levantam-se questões como a possibilidade de superar o número de carros a combustão. Principalmente se levarmos em consideração os avanços do setor e as políticas globais de incentivo a transição para os eletrificados.
Mas até que ponto essa nova realidade representa uma ameaça para a indústria dos combustíveis fósseis? Vamos tentar responder no post.
Indústria da gasolina deve se preocupar com o crescimento dos carros elétricos?
A China comanda a evolução dos veículos elétricos. Por lá, estima-se uma queda no consumo de gasolina entre 4% e 5% ao ano até 2030.
Neste ano no país, pela primeira vez, o número de vendas de eletrificados no mês superou a venda de veículos a combustão. Em abril foram 516.000 carros novos vendidos (de 1° a 14), e deste total 50,4% foram carros elétricos elétricos ou híbridos plug-in com mais de 50 km de autonomia elétrica.
Na China também há um grande “boom” de modelos híbridos. Dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis mostram que as vendas de carros dessa tecnologia chegaram a 3,32 milhões de unidades de janeiro a setembro de 2024 – um aumento de 84,2% em relação ao ano anterior.
Apesar disso, a parcela de eletrificados ainda representa apenas 11% das vendas de carros na China. Ou seja, não há motivo para os saudosistas de carros a combustão temerem uma “invasão” de carros elétricos.
No entanto, o setor pode apresentar baixas sensíveis nos próximos anos no país. Começando com a redução da demanda, uma vez que à medida que mais pessoas optam por eletrificados, a procura por combustíveis fósseis tende a diminuir.
Além disso, novas tecnologias, com baterias com maior autonomia, motores mais fortes e acessíveis influenciam na transição para os eletrificados.
Soma-se aí uma maior conscientização das pessoas por soluções mais sustentáveis, temos a fórmula que pode aumentar a participação de elétricos, mas não ao passo de superar os veículos a combustão.
Qualquer temor é alarde à toa
Toda a cadeia de produção, distribuição de combustíveis, assim como a perda de mercado não devem deixar que os carros convencionais percam tanto espaço, então os saudosistas não precisam se preocupar, principalmente no Brasil, onde a frota de eletrificados não passa de 1% do total de veículos no país.
Até houve um aumento nas vendas, mas nada “preocupante”. De janeiro a setembro a participação dos elétricos foi de 7,2% no mercado de 0 km. Em 2023 todo esse percentual foi de 4,3%.
Mesmo com esse aumento, não é possível cravar que o Brasil será o país da eletrificação. Ainda temos muito o que evoluir em questão de mercado, infraestrutura e conscientização para gerar um “temor” relevante.
E você já está preparado para o carro elétrico? Responsa nos comentários!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.