A seca histórica no Brasil e a proximidade da estação mais quente do ano fizeram com que o governo federal cogitasse o retorno do horário de verão. Porém, caso seja confirmado, outro problema poderá aparecer nos próximos meses: o aumento de acidentes de trânsito. Entenda!
Como o horário de verão impacta na rotina do trânsito?
Uma análise descobriu que houve um crescimento médio de 6% no risco de acidentes fatais de carro justamente na semana em que ocorre a implementação do horário de verão.
Para se ter uma ideia, esse crescimento foi identificado, inclusive, aos domingo, quando, teoricamente, os motoristas têm mais tempo livre para recuperar as energias.
Já entre segunda a sexta-feira, o estudo concluiu que em torno de cinco a seis acidentes extras por dia não teriam ocorrido se o adiantamento em uma hora no relógio não tivesse sido solicitado.
Ou seja, mais de 600 acidentes fatais poderiam ser evitados, durante os 22 anos de dados avaliados pelos pesquisadores.
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Por que ocorre o aumento de acidentes com o horário de verão?
Com a mudança de horário, as manhãs ficam mais escuras, o que prejudica diretamente os relógios corporais. Em outras palavras, sentimos mais sono e temos aquela sensação de que não dormimos o suficiente ao longo da noite.
De acordo com os pesquisadores, as alterações na iluminação natural no horário matutino e noturno também prejudicam as condições de direção, mesmo que isso tenha um impacto menor.
Ou seja: a perda de sono aumenta a fadiga e a função cognitiva é bastante prejudicada. Esse combo, aliás, é um dos principais responsáveis pelos acidentes de trânsito.
No Brasil, dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET) revelaram que cerca de 42% dos acidentes nas rodovias federais estão relacionados à sonolência ao volante.
Qual é a avaliação do ministério?
O Ministério de Minas e Energia ainda está analisando diversos fatores para tomar uma decisão mais assertiva em relação ao retorno do horário de verão como a previsão de chuvas e as consequências que essa alteração poderá trazer para a economia.
“O retorno do horário de verão deve ser analisado sob diversos aspectos, como a geração de energia, os índices pluviométricos e, também, os aspectos econômicos da medida”, destacou a pasta.
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