Carro movido a hidrogênio verde é desenvolvido por universitários de Foz do Iguaçu
Estudantes da Unioeste e da UNILA, universidades da cidade de Foz do Iguaçu, desenvolveram um veículo movido com hidrogênio e participam de competição de eficiência enérgica
Estudantes da Unioeste e da UNILA, universidades da cidade de Foz do Iguaçu, desenvolveram um veículo movido com hidrogênio e participam de competição de eficiência enérgica. Veja mais detalhes a seguir.
Estudantes de Foz do Iguaçu desenvolvem carro movido a hidrogênio verde
Uma equipe de universitários de Foz do Iguaçu, no Paraná, desenvolveu um veículo movido a hidrogênio e vai participar da Shell Eco-marathon Brasil.
A equipe é formada por 22 universitários dos cursos de Engenharia Elétrica, Mecânica, Energia e Ciência da Computação. Os estudantes fazem para da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Os universitários levarão dois protótipos para a competição: um movido a bateria elétrica e outro 100% alimentado por hidrogênio verde.
A construção dos veículos ocorreu nos laboratórios do Itaipu Parquetec, como parte de um Projeto de Extensão do Centro de Engenharias e Ciências Exatas (CECE) da Unioeste, iniciado em 2009 e que vem evoluindo ao longo dos anos.
Segundo Ana Lúcia, capitã do grupo e estudante de Engenharia Elétrica da Unioeste, o foco é tornar os veículos cada vez mais eficientes, reduzindo o consumo de combustíveis e promovendo a sustentabilidade.
“O hidrogênio já é uma energia limpa e conseguimos melhorar ainda mais, fazendo com que ele seja mais eficiente e diminuindo os custos para a produção desse combustível, possibilitando com que todos tenham acesso a ele avançando o tema de descarbonização da frota que é tão importante”, explicou.
O hidrogênio verde, combustível utilizado pelo veículo desenvolvido pelo Grupo Cataratas de Eficiência Energética (GCEE), é produzido na Planta Experimental do Itaipu Parquetec, inaugurada em 2011 para o desenvolvimento de tecnologias aplicadas à produção, armazenamento e conversão do hidrogênio.
Além de dispor de infraestrutura completa para essas atividades, o parque também possui expertise técnica para apoiar pesquisas e projetos inovadores em todo o país, contribuindo para a integração do hidrogênio na matriz energética brasileira.
Objetivo é levar veículo para as ruas
Giulia Demarchi, co-capitã do GCEE e estudante de Engenharia Mecânica da Unioeste, destacou a importância do projeto para demonstrar a viabilidade do hidrogênio como combustível e ampliar as pesquisas no Brasil.
“Somos a única equipe brasileira que competirá na categoria hidrogênio. Isso mostra que no Itaipu Parquetec, tendo a Planta de Hidrogênio Verde, é possível que a tecnologia do hidrogênio pode ser implantada em carros do nosso cotidiano, podendo melhorar ainda mais a sustentabilidade, o carbono zero e a mobilidade verde”, afirmou.
Fernando José Gaiotto, subcoordenador do projeto e professor da Unioeste, enfatizou que a iniciativa integra pesquisa, ensino e extensão em um único projeto, e que os resultados refletem a dedicação e competência dos estudantes.
“Ficamos felizes ao ver o desempenho dos participantes e forma com que eles começaram a construção dos veículos há um ano. Foi possível graças ao apoio de pessoas e patrocinadores que acreditaram na ideia que eles trouxeram em propor um carro eficiente movido a hidrogênio e aplicar o hidrogênio verde que é produzido no Itaipu Parquetec. Hoje temos um projeto de extensão que integra a Unioeste e a UNILA pelo objetivo de colocar nas ruas um veículo protótipo de hidrogênio e o primeiro produzido no Brasil a competir na Shell Eco-marathon”, destacou.
O Professor Irineu Colombo, diretor superintendente do Itaipu Parquetec, expressou o orgulho do Parque Tecnológico em apoiar o conhecimento, a inovação e a sustentabilidade.
“O desenvolvimento de projetos e construção de veículos de eficiência energética, elétricos e a hidrogênio refletem em nossa missão de transformar conhecimento e inovação em bem-estar social. São pesquisas e avanços que agregam benefícios tanto para os acadêmicos, quanto para o meio ambiente e o futuro da sociedade”, afirmou.
Sobre a Shell Eco-marathon
Criada em 1939, a competição começou como uma aposta entre funcionários da Shell sobre quem conseguiria percorrer a maior distância com a mesma quantidade de combustível.
O recorde inicial foi de 21 km, marcando o início de um legado que continua até hoje em todo o mundo. A Shell Eco-marathon foi oficialmente lançada em 1985, na França.
Nos últimos 37 anos, o programa tem incentivado estudantes a criar seus próprios carros ultra eficientes em termos de energia.
Essa é a competição mais esperada do ano para o Grupo Cataratas de Eficiência Energética (GCEE) de Foz do Iguaçu.
A equipe, composta por estudantes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), participa do evento de 27 a 30 de agosto, no Pier Mauá, Rio de Janeiro.
A competição desafia jovens a conceber, projetar e construir protótipos de carros ultra eficientes, que depois competem na pista.
Com categorias que incluem Etanol, Gasolina, Bateria Elétrica e Hidrogênio, o objetivo da Shell Eco-marathon Brasil é completar o percurso com a maior eficiência energética possível (menor consumo de combustível).
A edição de 2024 reúne equipes de estudantes de diversas cidades brasileiras, além de participantes de países como Bolívia, Colômbia, México e Peru.
Redator da Agência Grid Mídia - Garagem360 desde 2022. Experiência na área de Assessoria de Imprensa e sites esportivos.