Julho tenebroso para mercado automotivo: aumento de combustível e “imposto do pecado” assustam brasileiros
Entenda como as mudanças nos impostos têm afetado o bolso dos brasileiros
Além do preço alto para adquirir um carro 0 km, manter um veículo está cada dia mais complicado. Em julho, o brasileiro já sofreu com três grandes sustos e novos aumentos ainda estão por vir. Entenda!
Quais foram os aumentos que afetaram o setor automotivo?
Imposto de veículos elétricos
A primeira má notícia de julho, na verdade, já estava programada. Ela faz parte do aumento do imposto de importação para carros híbridos e elétricos.
Desde o dia 1º de julho, modelos híbridos são taxados em 25%. Já os híbridos plug-in, receberam um aumento de 20% no tributo, enquanto os veículos totalmente elétricos tiveram um acréscimo de 18%.
Além delas, outras mudanças estão programadas para julho de 2025 e de 2026.
Leia também:
-
IPVA de R$ 200 mil? Ferrari de Santa Catarina tem um dos impostos mais caros
-
Carros elétricos vão ficar mais caros no Brasil após taxas de +38% de imposto na Europa?
Imposto do pecado
Outra “bomba” no setor automotivo foi o chamado “Imposto do Pecado”, que tem como objetivo aumentar a tributação de produtos que são considerados nocivos à saúde. Entre eles, destacam-se: bebidas alcoólicas e cigarros.
Contudo, os veículos elétricos e a combustão também entraram na lista.
A justificativa para isso é porque, mesmo com a emissão zero de carbono, a cadeia de produção do veículo elétrico também é poluente. A informação foi compartilhada por parlamentares.
Gasolina
Conforme antecipado pelo Garagem360, o aumento da gasolina pegou os motoristas de surpresa. Em alguns estados do país, como em Palmas, o combustível é vendido a R$ 6,79.
O que podemos esperar pelos próximos meses?
Além de todas essas notícias, um aumento no preço dos pneus importados também deve acontecer. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) solicitou um salto de 16% para 35% nas taxas.
O pedido ainda está à espera de votação na Câmara de Comércio Exterior (Camex). E, caso seja confirmada a alteração, o valor final do produto para veículos de passeio deve aumentar em 15%. Já para caminhões e ônibus, o impacto será maior, sendo de 25%.
Esses cálculos foram solicitados pela Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip) à Guimarães Consultoria & Associados, empresa especializada em modelagem estatística e financeira fundada em 1995.
Em nota divulgada à imprensa, a Abidip disse que:
“As previsões indicam tendência de expansão contínua nas vendas de pneus ao longo dos próximos 12 meses. A demanda está crescendo e se estabilizando em torno de média superior a três milhões de unidades mensais, o que mostra sinais claros de equilíbrio e ampliação do mercado. Nessa conjuntura, o aumento do Imposto de Importação não seria necessário. Pelo contrário, manter a taxação atual incentivará a competição, acessibilidade e inovação”, explica.
O Garagem360 continua acompanhando as últimas notícias automotivas. Por isso, continue conosco para ficar por dentro de tudo que interfere em sua performance na pista e no seu bolso.
Leia também: Saiba TUDO sobre o novo imposto obrigatório de veículos: o que é, quanto custará, para onde será destinado e mais