Empresas apostam em baterias de baixa tensão para o futuro da mobilidade
Empresas apostam em baterias de baixa tensão para o futuro da mobilidade. Veja o que diz o especialista da Heliar.
Enquanto as baterias de alta tensão dominam as manchetes no cenário da eletrificação, as baterias de baixa tensão assumem um papel crucial e frequentemente subestimado na evolução da mobilidade.
Empresas apostam em baterias de baixa tensão para o futuro da mobilidade
Federico Morales-Zimmermann, vice-presidente da Clarios detentora da marca Heliar, ressalta a importância das baterias de baixa tensão. Segundo ele, elas são a espinha dorsal do sistema elétrico dos veículos modernos.
“E, à medida que olhamos para o futuro, essas baterias estão desempenhando um papel cada vez mais importante na eletrificação. Todos os veículos, inclusive os de combustão interna, híbridos e totalmente elétricos, precisam de uma fonte de energia de baixa tensão”, afirmou durante o evento Moldando o Futuro da Mobilidade.
Além de sua função tradicional de dar partida no motor, permitir o uso do ar-condicionado e outros componentes, as baterias de baixa tensão agora podem dar suporte à crescente eletrificação e digitalização dos sistemas automotivos.
Mesmo nos veículos modernos, esse tipo de bateria possibilita a conectividade do veículo, níveis mais altos de autonomia e novos recursos de segurança.
Há sistemas que são equipados com multibaterias, ou seja, contam com baterias de baixa e alta tensão, de modo a atender às crescentes necessidades de energia e segurança. Assim, os veículos mais novos passam a ter 2, 3 ou mais baterias.
Tecnologias
Morales-Zimmermann explica que a Clarios atua em conjunto com a Altris, uma empresa sueca especializada em tecnologia de íons de sódio. O intuito é desenvolver soluções com base em íons de sódio para uso em veículos.
Dessa forma, as duas empresas se tornam pioneiras no desenvolvimento de baterias de íons de sódio de baixa voltagem. Segundo o executivo, trata-se de uma tecnologia inerentemente sustentável por conta de sua composição de elementos recicláveis, como sal, madeira, ferro e ar.
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Quais as tendências para o futuro no setor de baterias?
“O futuro exigirá baterias com múltiplas químicas (chumbo-ácido, íons de lítio, íons de sódio, etc.) para atender à diversidade de aplicações, superar os desafios tecnológicos, promover a sustentabilidade e impulsionar a inovação da mobilidade”, detalha Morales-Zimmermann.
Para ele, em um futuro próximo, haverá uma demanda global por baterias mais tecnológicas de baixa tensão. Essa premissa se dá pela combinação de fatores, como o crescimento do mercado automotivo, os avanços do setor, o aumento da aplicação e a necessidade de ofertar no mercado soluções sustentáveis.
“Integramos química, eletrônica, software e diagnóstico para fornecer as melhores soluções, independentemente dos requisitos de tensão. Nossa presença global nos permite distribuir nossa ampla gama de produtos, incluindo soluções de 12 a 48 volts, para OEMs e para o mercado de reposição em todo o mundo”, finaliza Morales-Zimmermann.
Para ele, estamos caminhando para a digitalização e eletrificação. Essas tendências são determinantes para promover um futuro mais sustentável, com carros mais inteligentes, conectados e voltados às demandas da sociedade.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
