Concessionárias do RS devem ter prejuízo de mais de R$ 200 milhões

Concessionárias do RS devem ter prejuízo de mais de R$ 200 milhões. Veja quais os números e previsões para o setor no estado.

À medida que as águas iniciam seu recuos, os prejuízos no Rio Grande do Sul se mostram mais evidentes. Os carros vistos nas ruas cobertos de lamas, arrastados ou submersos são a prova de que o prejuízo para famílias e setor automotivo. As concessionárias do RS devem ter prejuízo de mais de R$ 200 milhões.

Além disso, entre 5% e 10% do total da frota de carros do Estado, algo em torno de 2,8 milhões pode ficar inutilizada. 

Concessionárias do RS devem ter prejuízo de mais R$ 200 milhões - Foto: Reprodução
Concessionárias do RS devem ter prejuízo de mais R$ 200 milhões – Foto: Reprodução

 

Concessionárias do RS devem ter prejuízo de mais R$ 200 milhões

O mercado de veículos usados B2B do RS representa 5,5% do mercado brasileiro. São 232 concessionárias gaúchas mapeadas pela plataforma de vendas Auto Avaliar. 

Desse total, 134 integram o sistema da empresa e apresentavam um estoque com 3.850 carros. Já as vendas ao consumidor final somaram 2.857 unidades em abril. 

Segundo dados do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU) de abril, o ticket médio dos carros usados comercializados em maio somou R$ 80.001,00. 

Ao aplicar esse montanto ao estoque das concessionárias do RS, o valor total é de R$ 300.003,850. Quando falamos apenas das vendas ao consumidor final, o total de abril representa cerca de R$ 228.562,857.

“O setor passa por uma crise sem precedentes, pois mesmo aqueles que não perderam parte da sua frota sofrem com a queda da demanda, já que a economia se encontra estagnada e vai se manter assim por um tempo, prejudicando o giro de estoque”, afirma o CEO da Auto Avaliar, J.R. Caporal. 

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Cenário semelhante ao de Nova Orleans 

Nesse primeiro momento, a demanda deve ficar paralisada, seguida de um crescimento acentuado acompanhada de mudanças no hábito de consumo dos gaúchos. 

“Este foi o cenário que vimos em Nova Orleans em agosto de 2005, quando a cidade foi devastada pelo furacão Katrina. Após o desastre, muitos abandonaram a cidade, a demanda foi praticamente zerada e as concessionárias atingidas exibiram desempenhos diferentes, algumas demoraram a ser reconstruídas e outras se reabilitaram mais rapidamente”, ressalta.

Quando houve uma melhora no cenário em Nova Orleans aumentou a demanda por veículos, impulsionada pelo recebimento das indenizações das seguradoras. Na ocasião, as vendas passaram de 13.500 unidades numa taxa pré-tempestade ajustada sazonalmente para 16.000 unidades pós-tempestade. 

“Como não havia estoque suficiente, parte da demanda foi suprida por concessionárias fora dos limites da cidade de Nova Orleans”, observa, ao lembrar que também houve mudança pela preferência, com o aumento da busca por picapes.

Caporal faz um paralelo com as chuvas no Rio Grande do Sul, mas ressalta que nem todas as apólices de seguro no estado contam com cobertura para este tipo de desastre natural.

No entanto, o estoque das concessionárias que não foram afetadas é pequeno e pode não acompanhar as demandas futuras.

 

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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