Motoristas de app preparam nova paralisação
Nos últimos dias, motoristas de app da Uber e 99 estão se movimentando para um grande protesto contra as condições de trabalhos atuais.
Nos últimos dias, motoristas de app cadastrados nos aplicativos Uber e 99 estão se movimentando para um grande protesto contra as condições de trabalhos atuais oferecidas pelas empresas de transporte privado.
Trabalho informal como os de motorista de aplicativo são saídas encontradas por quem não consegue trabalhos com jornada convencional (Foto: Freepik)
Motoristas de app planejam paralização para a próxima semana
Através de organização realizado pelas redes sociais, representantes da classe de motoristas de aplicativo planejam para a próxima segunda-feira (15), um protesto nacional contra empresas de transporte.
Os principais alvos da manifestação são Uber e 99, duas das maiores empresas de transporte individual privado do país, mas também são esperados os trabalhadores que atuam via app, como entregadores da Rappy e iFood.
Segundo os porta-vozes da organização, o foco do ato será chamar a atenção para a mudança do que denominaram ”precarização de trabalho” praticado pela categoria.
O protesto já está confirmado em ao menos 16 estados do país e terá como ação simbólica o desligamento dos apps pelos trabalhadores por 24 horas no chamado ”day off”.
Outra possibilidade discutida é que alguns dos destinos da carreata seja as sedes das principais empresas do segmento, espalhadas pelo país.
Segundo dados do Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada (Ipea) atualmente 1,7 milhões de trabalhadores atuam como motoristas de aplicativo no país.
O trabalhadores do setor denominado como ”Gig Economy” tem a sua maior concentração na região sudeste do país.
Condições reivindicadas
Dentre as ressalvas principais do protesto estarão valores mínimos de R$ 10,00 para corridas de até 3 km, além de R$ 2,00 por quilômetro rodado e desconto de até 20% nas tarifas cobradas pelas empresas.
Segundo os representantes da categoria, ultimamente as principais empresas do segmento estão cobrando taxas de até 60% pela parceria, além de pagar R$ 1,00 por quilômetro rodado.
Também serão cobrados seguro de vida e saúde e melhores condições de trabalho com relação a segurança dos colaboradores, além do adicionamento de valores por parada solicitada durante as viagens.
Desde que surgiu no Brasil, serviços de transporte individual privado tem ganhado cada vez mais destaque na discussão quanto às condições de trabalho (Foto: Freepik)
Uber no centro dos protestos
Há algum tempo, a Uber tem sido criticada por próprios colaboradores quanto às condições de trabalho e taxas oferecidas.
Além disso, a principal empresa do segmento vem sendo constantemente desafiada por novos serviços similares, além de melhorias nos concorrentes já existentes.
Jornalista com maior experiência profissional no setor automotivo. Atualmente redator do Grupo Gridmidia com foco no portal Garagem360. Temas como: mobilidade, serviços e setor de caminhões estão entre as preferências.
