Esta ação pode gerar sérios problemas para a sua moto
Muitos novos motociclistas não se atentaram que uma ação de manutenção de carro pode representar sérios problemas para a sua moto.
Nos últimos anos, muitos brasileiros decidiram trocar o seu automóvel por uma motocicleta, buscando economia no gasto com combustível e maior agilidade no trânsito pesado das grandes cidades. Porém, muitos novos motociclistas não se atentaram que uma ação de manutenção de carro pode representar sérios problemas para a sua moto. Confira a seguir.
Saiba como evitar sérios problemas para a sua moto corrigindo uma única ação
A ação da qual falamos, e que precisa ser corrigida, é simples: usar óleo lubrificante de motor de carro na moto. Isso pode ser extremamente danoso para uma motocicleta.
De acordo com Fabio Araujo, gerente de negócios para óleo de motor da Lubrizol, fornecedora de tecnologia para lubrificantes, é vital que os consumidores escolham óleos adequados para motocicletas, em vez de utilizar lubrificantes produzidos para motores de carros. “O uso do produto inadequado pode prejudicar o funcionamento da motocicleta a médio e longo prazo”, aponta.
O motor de um carro de passeio usa um líquido de arrefecimento para resfriar o motor e tem um cárter de óleo maior, quando comparado com o motor de uma motocicleta. O motor da moto é normalmente resfriado a ar, além de ter um cárter pequeno.
“As motocicletas utilizam o mesmo óleo para lubrificar o motor, a embreagem e a caixa de câmbio, como um único e complexo sistema. Como o óleo do motor do carro de passeio é desenvolvido com foco exclusivo na lubrificação e proteção do motor, ele não contém a tecnologia adequada para proteger as engrenagens”, afirma.
Com isso, segundo Araujo, quando usado em motocicletas, o óleo desenvolvido para carros não protege suficientemente a caixa de transmissão do veículo, o que pode gerar desgaste nas engrenagens e aumentar o barulho do motor.
Além disso, um lubrificante de motor de carro geralmente contém quantidades maiores de modificadores de fricção, que são aditivos usados nos lubrificantes para diminuir a quantidade de atrito entre as duas superfícies lubrificadas, “o que em uma motocicleta pode levar ao deslizamento da embreagem, resultando em sensação de direção ruim e perda de potência”, de acordo com Araujo.
Problemas nas engrenagens estão entre as principais razões por que motociclistas levam suas motocicletas para manutenção, e geralmente estão vinculados à lubrificação pobre ou imprópria.
Saiba por que usar o lubrificante correto
Segundo Marcus Vercelino, gerente de relacionamento com montadoras da Lubrizol, ainda há muitas pessoas que, por não conhecer os riscos de se usar o óleo lubrificante inadequado, reduzem a vida útil da moto – o que pode ser evitado com a utilização dos produtos recomendados.
O conjunto de engrenagens giram em alta velocidade e em contato constante, criando condições de alta pressão e temperaturas elevadas. Por isso, o óleo precisa não apenas proteger contra o desgaste das peças que estão em constante atrito, mas também resfriá-las.
Vercelino explica que os óleos específicos para motocicletas protegem as engrenagens do veículo sob as condições de operações mais severas, aumentando a durabilidade e reduzindo despesas com manutenção e paradas não programadas. Ao mesmo tempo, evitam o deslizamento da embreagem e mantêm a economia do combustível.
“Vale ressaltar, porém, que para garantir o uso correto, é indicado também sempre seguir as orientações da fabricante do veículo e acompanhar os índices de consumo e eficiência regularmente”, afirma.
Lubrificantes para motos são desenvolvidos com tecnologia para otimizar a eficiência, a durabilidade do motor, da engrenagem e do catalisador. E o mercado continua a se mover em direção a lubrificantes de menor viscosidade e com baixo consumo de combustível. “Nosso conselho é que, com tantos avanços tecnológicos e uma engenharia tão precisa, motociclistas parem de usar óleos de carro de passeio”, recomenda o especialista.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.