Preço da gasolina fica estável pela segunda semana seguida, diz ANP
O preço da gasolina comum ficou relativamente estável na semana passada, segundo levantamento da ANP; valor nos postos deve cair em breve
O preço da gasolina comum nos postos do Brasil teve um ligeiro recuo de 0,2% na semana passada em comparação à anterior, segundo aponta o mais recente levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O litro do combustível foi comercializado a R$ 5,03, em média, no período entre os dias 27 de novembro e 2 de novembro, ante os R$ 5,04 registrados uma semana antes.
Alta do preço da gasolina estanca e Petrobras age para provocar queda
É a segunda semana de relativa estabilidade do preço, após seis semanas consecutivas de alta. O combustível vinha subindo desde o dia 2 de outubro, quando o litro custava na média R$ 4,79.
O etanol também registrou ligeira queda, com o preço médio do litro passando de R$ 3,86 para R$ 3,85. O valor do litro do biocombustível havia subido 5,21% entre 20 e 26 de novembro. O etanol acumula 15% de aumento desde a última semana de setembro.
Já o diesel teve o maior recuou, de 2 dois centavos (-0,30%), com preço médio de R$ 6,55 contra R$ 6,57 da semana anterior.
Nesta terça-feira (6), a Petrobras anunciou a redução dos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras de combustíveis.
Para a gasolina, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras cai de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, uma redução de R$ 0,20 (-6,10%). Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de álcool anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a Petrobras estima que o preço para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,25.
O preço médio de venda do diesel da Petrobras para as distribuidoras passa de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro, uma redução de R$ 0,40 (-8,18%). Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a Petrobras projeta uma redução no preço do litro do combustível para R$ 4,04.
Reduções são “coerentes”, diz Petrobras
Segundo a estatal brasileira do petróleo, as reduções são “coerentes com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
A Petrobras não mexia no preço de venda às distribuidoras desde os dias 2 de setembro (gasolina) e 20 de setembro (diesel).
Durante esse período sem reajustes, os valores praticados no País ficaram abaixo da paridade de preço internacional (PPI), que no histórico recente vinha servindo de parâmetro para o balizamento de preços no mercado interno. Essa defasagem, no entanto, foi praticamente zerada na semana entre 20 e 25 de novembro, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Desde então, os preços no mercado internacional vêm em trajetória de queda, o que serviu de justificativa para a Petrobras reduzir o preço da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras no mercado interno.
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.