60 mil toneladas de pneus retirados da Amazônia são reciclados; conheça o processo
Na última semana, cerca de 60 mil toneladas de pneus foram retirados da região da floresta amazônica e enviados para a reciclagem.
Pneus descartados em área de Floresta Amazônica são transportados por mais de 4 mil km para destinação ambiental. Ao todo, 60 toneladas de pneus inservíveis cruzam o Brasil para reciclagem; veja os detalhes.
Na última semana, cerca de 60 mil toneladas do material foram retiradas da região da floresta amazônica e enviados para a reciclagem (Foto: Divulgação)
Pneus são transportados por 4 mil km para reciclagem
Um carregamento de 60 toneladas de pneus inservíveis recolhidos em Manaus/AM foi transportado por mais de 4 mil km e chegou em Piraquara/PR (Região Metropolitana de Curitiba) para reciclagem, no último dia 20, quinta-feira.
Está é a segunda carga do material retirado de Manaus para reciclagem no Paraná que foi viabilizada por iniciativa da Associação Brasileira de Empresas de Reciclagem de Pneus inservíveis (Abrerpi) em parceria com a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip).
Em julho deste ano, três contêineres com 45 toneladas de pneus foram reciclados. Agora com mais quatro contêineres (60 toneladas) já são 105 toneladas de pneus que estavam jogados nas ruas de Manaus e na periferia (em área de Floresta Amazônica) que têm uma destinação adequada.
Tudo isso viabilizado pelo programa “Brasil Rodando Limpo”, da Abrerpi. Uma iniciativa ousada que pretende varrer o país de ponta a ponta recolhendo e destinando pneus usados.
Esse programa iniciado em Manaus procura mobilizar Poder Público e sociedade para ajudar a encontrar uma solução definitiva para as regiões que ainda não dispõem de uma indústria de reciclagem nas proximidades, como a Amazônica.
105 toneladas já foram retiradas da região (Foto: Divulgação)
Reciclagem de pneumáticos é atividade de alto custo
De acordo com a Abrerpi, a reciclagem de pneumáticos é uma atividade de alto custo, de forma que, longas distâncias entre os pontos de coleta e de destinação final inviabilizam a operação.
Em regiões onde não existem cimenteiras que consomem a maior parte da produção das recicladoras, segundo a Abrerpi, a alternativa é criar incentivos fiscais para a atividade e leis que obriguem a utilização do asfalto-borracha em obras públicas.
Esta segunda fase da operação em Manaus foi subsidiada pelas empresas GF Pneus, GP Imports, Yaro Pneus e Grupo Cantu Store, todas associadas à Abidip, que já cumprem suas obrigações legais junto ao IBAMA e ainda mantém programas permanentes de responsabilidade ambiental.
Reciclagem é atividade de alto custo (Foto: Pixabay)
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.
