Reconheça sinais da perda de ação da mola a gás do carro e evite problemas 

O sistema de amortecimento do porta-malas evita ferimentos. Reconheça quando a mola a gás do carro perde ação e saiba trocá-la

Apesar de não ser um item de segurança no veículo, o sistema de amortecimento do porta-malas é fundamental para evitar ferimentos, especialmente, na cabeça e mãos, já que quando comprometido, pode fechar a tampa de maneira descontrolada. 

Denominado mola a gás, esse sistema de amortecimento auxilia na abertura e sustentação da tampa do porta-malas, capô, grades de bagageiro, entre outros, evitando não só causar fortes impactos, mas também limitando o movimento para não ocasionar quebra das dobradiças. 

Saiba identificar sinais de desgaste da mola a gás do carro

Mola a gás é fundamental para o acesso seguro ao porta malas do carro (Foto: Divulgação/Toyota)

“Essa peça usa o gás nitrogênio injetado sob pressão, assegurando movimento mais suave e controlado”, explica Jeferson Credidio, gerente de Engenharia e Produtos da Nakata, fabricante de autopeças para o mercado de reposição.

Para fazer o movimento de abrir o porta-malas, o nitrogênio empurra uma haste metálica ligada a ela, facilitando a abertura e, ao soltá-la, a pressão do nitrogênio mantém essa força e evita que a mesma feche sozinha. “Quando a tampa é forçada para baixo, comprime novamente o gás, levando a haste metálica de volta à posição inicial”, afirma Credidio.

A recomendação é ficar atento aos indícios de desgaste do mola a gás para evitar imprevistos desagradáveis. Com o passar do tempo, a mola a gás do carro começa a perder desempenho, trazendo alguns sinais que podem ser facilmente identificados seguindo alguns procedimentos bem simples:

  • Primeiramente, abra a tampa e veja se você consegue fazer isso com pouco esforço. Ao atingir a abertura máxima, observe se não houve uma pancada exagerada nas dobradiças. Muita pressão pode causar esse comportamento — provocado, principalmente, por um componente inadequado ou instalado incorretamente.
  • Depois, solte a tampa e veja se ela permanece erguida, mesmo sem o seu auxílio. Se a posição não for mantida, a mola a gás está com problema e deve ser trocada — principalmente se não existir nenhuma sustentação. Apesar de não causar sérios riscos a sua segurança, a falha desse componente pode acabar causando o desgaste e a quebra da fechadura, uma vez que ele não vai mais absorver os impactos gerados ao fechar a tampa.
  • Outro teste interessante é abrir a tampa do porta-malas somente até a metade e verificar se ela vai fechar sozinha. Caso isso aconteça, significa que o amortecedor está começando a perder eficiência. Se o componente for novo e tiver sido trocado recentemente, verifique se o modelo usado está correto. É importante também ficar atento a ruídos e pequenos travamentos.

Troque você mesmo a mola

Você mesmo pode trocar a mola a gás do carro (Foto: Reprodução)

Fazer a troca do sistema de amortecimento no porta-malas não custa muito dinheiro. Trata-se de uma peça relativamente barata – na maioria dos casos, o preço fica abaixo dos R$ 120.  E esse é um serviço que pode ser feito em casa, sem a necessidade de ferramentas especiais. 

É bem provável que você consiga fazer a substituição da peça em menos de 10 minutos. Contudo, para não errar, é preciso ficar atento a três detalhes importantes:

  1. Abra completamente a tampa do porta-malas e use algo para mantê-la aberta — um amigo pode ser muito bem-vindo nesta hora.
  2. Observe atentamente a posição da haste antes de remover a mola a gás do carro. A nova peça deve ficar na mesma posição, evitando problemas com lubrificação. Se a haste estava para cima, mantenha nessa posição — exceto quando o fabricante especificar o contrário.
  3. Existem duas travas que seguram a mola a gás na posição correta: uma na parte superior e outra na parte inferior. Com a chave de fenda, solte aos poucos a trava superior. Assim que ela estiver liberada, solte a trava inferior e remova o amortecedor. Feito isso, basta posicionar a nova peça no local e pressioná-la até que ela fique travada.
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Paulo Silveira Lima
Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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