Preço da gasolina fecha primeiro semestre com alta de 10%, aponta índice

O preço gasolina fechou o 1º semestre de 2022 sendo vendida por R$ 7,56 , com alta de 10%. Veja detalhes e cenário por regiões do Brasil

A gasolina fechou o primeiro semestre do ano sendo vendida por R$ 7,56 na média, considerando postos de abastecimento de todo o País, o que representa uma alta de 10%. Já o etanol foi comercializado por R$ 6,00, com reajuste de 4,2% no período. Os dados são do último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

“Após o último reajuste no repasse às refinarias para a gasolina, válido desde o dia de 17 de junho, o valor do litro do combustível chegou a custar R$ 7,68, como identificamos nos dados médios do dia 22. Ainda que pequeno, o IPTL também identificou que os últimos dias do mês sinalizam um eventual recuo no preço do combustível”, destaca Douglas Pina, diretor-geral da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil, empresa responsável pela apuração do índice.

Aumento do preço da gasolina no mês de junho foi pequeno: 0,23%

(Foto: Divulgação)

O preço médio de R$ 7,56 para a gasolina em junho representa um ligeiro aumento de 0,23% em relação ao fechamento de maio. O etanol, por sua vez, registrou um recuo de 1,98% no mês.

No recorte regional, o Norte e o Nordeste apresentaram aumentos da gasolina no último mês. O valor do litro vendido nos postos nordestinos foi reajustado em 0,88% e fechou o período a R$ 7,71, maior aumento e a maior média entre as regiões. 

As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, apresentaram recuo no preço. O menor valor médio foi registrado nos postos de abastecimento sulistas: R$ 7,19.

O preço da gasolina já se aproxima dos R$ 9, no Rio de Janeiro, e o diesel é vendo a R$ 8,63 na Bahia

(Foto: Pixabay)

Preço do etanol cai em todas as regiões do País

No caso do etanol, o preço médio recuou em todas as regiões, com destaque para o Sudeste, que apresentou baixa de 6,12%. Mesmo assim, a menor média foi identificada no Centro-Oeste, a R$ 5,43, com redução significativa de 4,22%. O preço mais caro para o combustível foi comercializado nas bombas do Norte, a R$ 6,26.

“Neste fechamento de mês, vale destacar que o Sudeste foi a única região que apresentou recuo em todos os Estados para o preço da gasolina e do etanol. Já o Nordeste registrou redução no valor dos dois combustíveis apenas no Piauí. Os Estados do Ceará e do Maranhão apresentaram baixa no preço, mas apenas para o etanol, no levantamento do IPTL”, afirma Pina.

Apesar de ter apresentado a maior redução no preço (-1,19%), a gasolina mais cara entre todos os Estados foi encontrada nos postos do Piauí, a R$ 8,07. O maior acréscimo no valor foi identificado na Bahia, onde o combustível passou de R$ 7,78 para R$ 8,03 (3,20%). O litro mais barato foi comercializado em São Paulo, por R$ 6,99.

O preço médio mais caro para o etanol foi registrado no Pará, a R$ 6,81, mesmo com uma redução quase estável de 0,07%. O Alagoas registrou o maior acréscimo no preço do combustível entre todos os Estados, e o valor passou de R$ 6,01 para R$ 6,15. A redução mais expressiva para o etanol foi registrada em São Paulo (8,41%), que passou de R$ 5,10 para R$ 4,67.

Etanol já é vantajoso em sete Estados

“Houve uma mudança em relação aos combustíveis mais vantajosos para abastecimento. O etanol continua sendo a opção mais econômica para os motoristas de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e agora para os do Piauí e do Paraná também”, destaca Pina.

Para esse tipo de análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, considera-se que, para compensar abastecer com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, cuja confiabilidade se dá por conta da grande quantidade de veículos administrados pela marca – são 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. 

Saiba quando o etanol é mais econômico que a gasolina

(Ilustrativa)

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Paulo Silveira Lima
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Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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