GNV também está mais caro e não é mais economia para muitos motoristas
Os motoristas que optaram pela instalação do GNV também estão pagando mais caro. Com isso, ele está deixando de ser vantajoso. Veja mais!
Os consideráveis reajustes nos preços da gasolina, do etanol e do diesel vêm afetando o bolso de muitos brasileiros. Mas aqueles que optaram pela instalação do Gás Natural Veicular também estão tendo que pagar mais caro. Com isso, o GNV está deixando de ser vantajoso em alguns lugares do Brasil. Saiba mais!
GNV mais caro: o combustível ainda está valendo a pena?
Estamos falando de um tipo de combustível que é considerado uma alternativa aos combustíveis tradicionais. Normalmente, o cilindro é instalado no porta-malas do carro. Mas um problema vem deixando os motoristas de algumas partes do Brasil preocupados: o preço cobrado pelo metro cúbico.
Na cidade de Novo Hamburgo-RS, por exemplo, o Gás Natural Veicular (GNV), que teve um aumento de 12%, vem deixando de ser uma alternativa para os moradores, segundo o Jornal NH. No local, o preço médio do GNV foi de R$ 6,59 por metro cúbico, segundo os últimos dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
Ou seja, acima da média nacional (R$ 5,313 por metro cúbico). Enquanto isso, o valor cobrado pelo litro da gasolina pode variar entre R$ 6,32 e R$ 6,49. Comparando o valor cobrado pelo litro da gasolina com o preço do metro cúbico do gás natural, a diferença é de 1,5%.
Tendo em vista que a diferença de preços dos dois combustíveis está caindo, o GNV vem deixando de ser uma opção. Em entrevista ao Jornal NH, Isac Medeiros, motorista de aplicativo, explica que o Gás Natural Veicular pode não valer mais a pena por conta de todos os gastos.
“Se os valores continuarem subindo não vai valer a pena, porque além de abastecer, tem a questão de manutenção, o pagamento anual de autorização para o uso de GNV, coisas que se colocadas na ponta do lápis não vai mais ser vantagem”, analisa Medeiros em entrevista ao Jornal NH.
Este não é o único efeito no local. A procura por esta solução também vem abaixando. O empresário Evandro Batista Brum contou para a mesma publicação que as instalações semanais caíram neste ano.
“A redução foi brusca, muitas vezes instalo apenas um cilindro por dia.”, diz Brum.
Instalação do sistema cresceu 121% em São Paulo
Enquanto isso, em São Paulo, o número de motoristas que pediram para realizar a conversão de seus carros para o Gás Natural Veicular (GNV) cresceu em 121% durante os cinco primeiros meses deste ano (entre janeiro e maio). Estes números são do Detran-SP (obtidos pela GloboNews).
Ao todo, foram realizadas 3.600 solicitações. Enquanto isso, no mesmo período do ano passado, foram realizados 1.625 pedidos. Lembrando que a Petrobras realizou um reajuste de 19% neste combustível recentemente. No estado de São Paulo, o preço médio do GNV foi de R$ 5,893 na última semana.
É importante lembrar que existem algumas recomendações para fazer a conversão para o GNV. O investimento, por exemplo, fica em torno dos R$ 6 mil. Além disso, é recomendado fazer a verificação do estado geral do automóvel (motor e sistema de ignição, por exemplo).
De acordo com Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil, “um veículo com problemas estruturais ou de segurança terá dificuldade na homologação da conversão.
Problemas no motor ou no sistema de injeção vão dificultar o ajuste do equipamento de gás, podendo gerar falhas de funcionamento e frustrações ao condutor”.
Também é recomendado fazer uma revisão no sistema de ignição. Na hora de escolher a oficina responsável pela conversão, dê preferência a lugares que tenham certificação e um engenheiro responsável para fazer a instalação.
Os equipamentos também precisam ter uma certificação (e nota fiscal). Lembrando que o dono precisa levar ainda o veículo para fazer uma inspeção obrigatória. O Certificado de Segurança Veicular (CSV) será emitido após a aprovação na inspeção.
Com informações de Jornal NH/G1
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.