Novo aumento dos combustíveis: Associação fala sobre preço do diesel
Novo aumento dos combustíveis: a ABOL afirmou que o diesel é o insumo mais utilizado no país (compondo 40% de todo o custo operacional)
Em nota, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos, afirmou que o diesel é o insumo mais utilizado no país, e chega a compor 40% de todo o custo operacional, entenda.
Aumento do diesel impactará operações logísticas em todo o país
A Associação Brasileira de Operadores Logísticos, a ABOL, divulgou que o diesel é o insumo mais utilizado nas operações de transporte de carga, chegando a compor mais de 40% de todo o custo operacional das empresas que oferecem o serviço.
Com isso, desde o último sábado (18), quando passou a valor os novos valores para o combustível, que teve aumento de 14,26%, as operações passarão a adquirir o litro do diesel por pelo menos R$0,70 mais caro.
Segundo a Associação, diferentemente da Petrobras, que é detentora de um monopólio, as empresas de logística não conseguem repassar os aumentos de preço imediatamente, o que pode levar um ou dois meses para acontecer, e a negociação muitas vezes não ocorre na totalidade do aumento.
Com isso, tem-se um efeito cascata de repasses de custos até o consumidor final, que agravará, inevitavelmente, o atual quadro inflacionário do país.
Em nota, a companhia alega “que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, em respeito ao Preço de Paridade Internacional (PPI), política esta que precisa ter seus termos revistos.
Reajustes desfavorecem um ambiente de negócios saudável, segundo ABOL
A entidade também afirmou que os reajustes como esse têm se tornado uma constante nos últimos pelo menos dois anos, desfavorecendo um ambiente de negócios saudável e competitivo no País.
“Vale ressaltar que os aumentos no preço do diesel têm sido muito superiores aos demais custos das empresas de logística e desequilibram diretamente sua saúde financeira. Diante desse cenário, o setor corre risco de ser sucateado por não vislumbrar presente e futuro promissores para novos investimentos.” Destacou a ABOL.
A companhia afirma que enquanto a Petrobras bate lucros recordes, os Operadores Logísticos veem a sua margem encolher.
A rentabilidade da companhia é exorbitante quando comparada a de empresas similares de outros países, que optam por menos lucro em prol do desenvolvimento econômico e social de sua nação. O mesmo não notamos aqui. A
Petrobras registrou um lucro líquido de R$44,5 bilhões no 1º trimestre de 2022 – montante 3.718% maior que o registrado no mesmo período de 20211.
Esforços políticos devem focar em reduzir custos dos combustíveis
Por fim, a ABOL afirmou que os atuais esforços políticos devem estar concentrados, neste momento, em encontrar um equilíbrio no mercado.
Do contrário, a cada novo reajuste, não restará outra alternativa às empresas que transportam cargas a não ser a de repassar o ônus adiante nos seus contratos de frete, o que impactará nos preços das mercadorias comercializadas para a população, agravando o quadro inflacionário que hoje vivemos.
“Já tivemos um apagão logístico no passado e é provável que tenhamos um muito mais grave no futuro breve, em função da má administração da política de combustíveis – e os impactos atingirão não apenas o setor de logística, mas também a própria Petrobras.” Concluiu a ABOL.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.