Especialista fala sobre o que ponderar antes de comprar um carro elétrico

O crescimento do mercado de carro elétrico é inquestionável. No entanto, ao optar pelo tipo de propulsão, algumas dúvidas devem ser sanadas.

O crescimento de carro elétrico, bem como de híbridos é constante no mercado nacional. No entanto, antes de investir em um modelo com o tipo de propulsão, alguns detalhes devem ser levados em consideração, veja quais são.

O que você precisa saber antes de ter um carro elétrico: carregamento de baterias deve ser pensado

Os emplacamentos de carros elétricos só aumentam no Brasil. Em 2021, segundo a ABVE, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, 34,9 mil unidades foram emplacadas, o que marcou um recorde histórico de vendas.

Já no primeiro trimestre de 2022, as vendas aumentaram 115% em relação ao mesmo período do último ano. O que continuou a boa ascensão do segmento.

No entanto, mesmo com o fortalecimento da nova tendência, investir em um modelo de propulsão híbrida ou 100% elétrica requer alguns cuidados.

Para o sócio-diretor da Elev, Ricardo David “é comum que surjam muitas dúvidas em relação à infraestrutura necessária para carregar um carro elétrico, principalmente porque estamos acostumados a abastecer no posto de gasolina e não ligá-los na tomada.

Essas dúvidas também aparecem para os condomínios, que devem pensar em estruturas específicas diferentes das usuais e no consumo coletivo”.

Dessa forma, para te ajudar a sanar algumas dúvidas, o especialista destaca ao Garagem360, alguns tópicos de interesse para os novos proprietários de carros elétricos.

Carro elétrico deixará de ser exceção para se tornar regra

Segundo dados da ABVE, os veículos eletrificados bateram recordes em 2021, e apresentaram a melhor série histórica já vista no setor – com 34,9 mil unidades vendidas.

Pode não parecer muito, mas ao considerar que em 2020 esse número era de 19.745 emplacamentos, já podemos afirmar que os carros elétricos já assumem números mais expressivos dentro do mercado brasileiro.

Para o especialista da Elev, é uma questão de tempo até que os carros elétricos deixem de ser os veículos considerados ‘diferenciados’ e passem a ser comuns nas ruas do país.

“O barateamento das baterias e a pressão por mobilidade urbana mais sustentável nas agendas das políticas públicas farão com que grandes mudanças aconteçam nos próximos anos”. Comenta Ricardo.

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Tendência é que o setor se populariza com o passar do tempo (Foto: Pixabay)

Veículo pode ser carregado em casa, em tomada convencional, mas não é aconselhável

Segundo o especialista, uma pergunta frequente daqueles que consideram um carro elétrico é: posso carregar ele dentro de casa? A resposta é sim! Os carros elétricos podem ser carregados nas tomadas de casa, sem nenhum problema.

Mas é importante que essas fontes de carregamento sejam em tomadas de 220V e, de preferência, aterradas – para que não haja riscos de incêndios ou curto-circuitos.

O grande problema desse tipo de carregamento é que, apesar de ser cômodo carregar o seu carro usando a mesma tomada em que você usa para ligar outros aparelhos eletrodomésticos, o carregamento nesse cenário ainda leva muito tempo e, portanto, é considerado uma medida de emergência.

Carregamento através de Wallbox é a melhor estratégia

Para não ter que passar 20 horas esperando o seu carro carregar fica outra opção: o Wallbox.

Esse aparelho nada mais é do que um carregador doméstico que diminui o tempo de carregamento dos veículos elétricos em muitas horas.

Infelizmente, segundo David, “o grande problema dos Wallbox é que, apesar de práticos e de diminuírem o tempo de recarga em muitas horas, eles ainda são aparelhos um pouco caros, estando na média dos R$ 5 mil.

Portanto, é um investimento que tem que ser planejado com alguma antecedência.

Assim como na instalação de uma tomada doméstica, o wallbox também precisa de planejamento para ser instalado.

Além de ser necessário considerar uma avaliação da rede elétrica para evitar possíveis problemas com a distribuição de energia em casa.

Segundo Ricardo, “esses aparelhos funcionam com voltagens variadas (de 220v a 380V) e com correntes que também variam entre 16A e 32A.

Uma boa vantagem é que esses carregadores fixos possuem uma instalação elétrica própria, o que os torna bem seguros.

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A opção mais aconselhável para o carregamento é o WallBox doméstico (Foto: Pixabay)

Carregamento público e privado também é opção

Ricardo também afirma que é importante ter noção de como funcionam os eletropostos disponíveis na cidade. Nesse sentido, existem dois tipos de carregadores: os públicos e os privados.

Muitos carregadores públicos são disponibilizados gratuitamente para aqueles que desejarem usá-los.

Já para os carregadores privados, sejam em estabelecimentos comerciais ou dentro dos condomínios, a taxa para a utilização poderá ser incorporada de diversas maneiras, seja como um serviço à parte ou como parte do condomínio.

Atualmente, existem aplicativos capazes de identificar os postos de carregamento nos principais centros urbanos do país.

Para David, “a maneira como o serviço é taxado ainda depende muito das próprias instituições e de como elas desejam cobrar por esses instrumentos”.

Anfavea prevê a instalação de 150 mil postos de recarga de carros elétricos

Anfavea prevê a instalação de 150 mil postos de recarga de carros elétricos (Foto: Pixabay)

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Nicole Santana
Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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