Medidas para reduzir preços de combustíveis podem acelerar a inflação; diz especialista
Reduzir o preço dos combustíveis pode acelerar a inflação, de acordo com especialista a ação causará efeito contrário, entenda os detalhes.
Conforme já reportado pelo Garagem360, o Congresso discute medidas para conter o alto preço dos combustíveis, no entanto, segundo especialista, a ação pode causar efeito contrário e aumentar a inflação, veja detalhes.
contenção do preço dos combustíveis pode aumentar a inflação? Entenda (Foto: Pixabay)
Preço dos combustíveis: as medidas de contenção e as consequências da ação
Atualmente, o congresso pensa em medidas para controlar o alto nível dos combustíveis. Entre as soluções, como o uso de dinheiro público para conter os aumentos. Para método de comparação, segundo os dados do IBGE, no último ano, o aumento do combustível atingiu um percentual de 44%.
No entanto, para Fernando Nakagawa, do CNN Brasil Business, a ação desenvolverá um rombo ainda maior nas dívidas públicas.
“O resultado é o aumento da dívida pública, visto que o governo é obrigado a emprestar dinheiro para quitar os empréstimos. Dessa forma, o investidor estrangeiro reavalia a capacidade de pagamento e risco presentes no Brasil.
Com a piora da situação fiscal, as implicações no mercado financeiro também aparecem. Os juros sobem e o dólar fica mais caro.
Por sua vez, o aumento da taxa de câmbio faz com que os preços da economia sigam o mesmo caminho e a inflação também cresça.” Afirma Nakagawa.
Importante destacar que, a opinião do colunista da CNN, não reflete necessariamente, a opinião do Garagem360.
Para o colunista, a ação terá efeito contrário (Foto: Pixabay)
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Parlamentares seguem na tentativa de encontrar solução para diminuir o valor do combustível
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que os parlamentares seguem na tentativa de encontrar uma solução para diminuir o preço dos combustíveis. Segundo ele, houve uma reunião na manhã desta terça-feira (8) entre integrantes da equipe econômica do governo e o senador Jean Paul Prates (PT-RN), que é relator de dois projetos sobre o tema: o PL 1.472/2021e o PLP 11/2020.
“É muito importante neste momento termos convergência e alinhamento, para conciliação de interesses. A equipe econômica está sensível à necessidade de ceder em alguns pontos. Minha intenção é pautar os dois projetos na próxima semana” afirmou Pacheco.
Em relação a impostos federais, Rodrigo Pacheco afirmou que há uma disposição do governo federal e também do Legislativo de reduzir o impacto da tributação sobretudo sobre o óleo diesel e gás de cozinha.
“Isso seria uma segunda frente para reduzirmos o preço desses itens essenciais. E o terceiro passo seria essa conta de equalização e equilíbrio para que em momentos críticos de elevada alta o Poder Executivo tenha instrumentos para equilibrar a situação” avaliou o presidente do Senado.
Segundo ele, ninguém tem a intenção de interferir na política de preços da Petrobras, mas é preciso que a sociedade brasileira tenha um mínimo de proveito retorno dos lucros significativos obtidos pela empresa recentemente.
“Todos queremos reduzir os preços e conter eventuais altas, pois há muito impacto na sociedade brasileira e pressiona a inflação” Finalizou.
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: Pedro Contijo / Senado Federal)
Com informações: Agência Senado e CNN Brasil
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.
