Faróis: aprenda a detectar sinais de desgaste nesses componentes

Os sistemas de iluminação automotiva são de grande importância para a segurança no trânsito, sendo o funcionamento adequado dependente de boas práticas de manutenção, incluindo a escolha criteriosa dos componentes quando substituições se tornam necessárias. A falta de cuidados, além de comprometer o desempenho dos faróis, infringe o Código de Trânsito Brasileiro.

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Segundo Carlos Moura, Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Arteb, no caso dos faróis, um dos principais indícios de que há necessidade de troca reside na opacidade das lentes plásticas. Esta irregularidade, caracterizada pelo amarelamento das lentes, reduz o volume de luz, deforma as projeções luminosas e altera a cor da luz emitida. A causa desta opacidade reside na exposição prolongada à radiação solar, problema intensificado por sujidade e poluição. Os efeitos incluem menor visibilidade ao motorista e ofuscamento aos outros condutores.

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Outros problemas de vida útil dos faróis incluem trincas e quebras, soltura e/ou degradação de componentes internos como refletores e molduras, perda ou degradação de componentes externos como luvas e tampas de vedação, deformação de componentes plásticos por uso de lâmpadas ruins e inoperância do sistema de regulagem por uso de ferramentas impróprias ou procedimentos inadequados. Em todos estes casos a troca se faz necessária, pois trincas, quebras e solturas de componentes externos possibilitam a entrada de água e poeira. Quanto à falta de regulagem, problema que compromete o alinhamento do facho luminoso, o condutor pode ser punido com multa conforme o CTB.

No caso das lâmpadas a troca deve ser periódica e preventiva, algo melhor realizado em oficinas, com auxílio de equipamentos adequados. Alguns indícios quanto ao desgaste das lâmpadas incluem dificuldades na percepção noturna dos trajetos, diferença de brilho entre os faróis e, mais raramente, falhas parciais no acendimento (intermitência). No entanto um sinal evidente de desgaste inclui variações dimensionais no filamento. Recorrer a um serviço especializado é o mais indicado pois, na medida em que a troca da lâmpada requer nova regulagem, a oficina pode garantir o procedimento por completo, incluindo cuidados essenciais como a oferta de lâmpadas certificadas pelo Inmetro.

Ao fazer a substituição o consumidor deve se atentar à boa procedência, tanto dos faróis quanto das lâmpadas. “Faróis de má procedência, produzidos sem uma sólida estrutura de engenharia, constituem uma falsa economia, porque o baixo custo é, quase sempre, sinônimo de pouca durabilidade. E quanto às lâmpadas, a má procedência pode resultar tanto em queima repentina quanto em derretimento e/ou degradação de componentes internos por potência elétrica fora do padrão”, revela.

Moura lembra também que a manutenção deve preservar todas as características originais dos faróis, nenhum componente interno ou externo pode ser retirado nem modificado. As lâmpadas devem ser instaladas adequadamente, sem encaixes parciais e predispostos a mau contato e/ou soltura.

Quanto à limpeza, especialmente das lentes, a remoção de sujidade deve ocorrer com água corrente e, se necessário, com a utilização de pano macio, umedecido com sabão neutro. Produtos abrasivos ou de procedência duvidosa devem ser evitados. O contato manual com a superfície das lentes deve ser cauteloso, a fim de que danos à superfície, sobretudo riscos, sejam evitados. Cabendo a ressalva de que somente as lentes sujas requerem limpeza, lentes opacas (amareladas) implicam na troca do farol, por ser um problema irreversível, inerente à vida útil.

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Sérgio Vinícius
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