98% dos brasileiros concordam com a atuação do Uber
Entretanto, 48% acredita que o serviço só deve entrar em vigor quando for aprovado e regulamentado
Em funcionamento no Brasil desde 2013, o Uber continua gerando polêmica – um dos últimos protestos contra o aplicativo aconteceu no final do mês passado, no Rio de Janeiro. Apesar disso, um estudo realizado pela H2R Pesquisas, em parceria com a Burson-Marsteller, rede global de consultoria de comunicação corporativa e relações pública, e a Netquest, fornecedora independente de campo online para a indústria de pesquisa de mercado, revelou que o serviço tem plena aprovação dos consumidores.
Segundo a pesquisa, realizada em fevereiro deste ano, 50% dos 371 entrevistados, com idades entre 17 e 77 anos, acham certo que o app atue no País, pois acreditam que o consumidor tem o direito de ter mais opções para se locomover pela cidade. Além disso, 48% acreditam que ele deve funcionar apenas após a aprovação da justiça e apenas 2% são contra. Quando questionados sobre qual meio de transporte escolheriam atualmente, sendo as opções o táxi comum e o Uber, 78% apontaram o segundo item.
As razões para que as pessoas concordem com este tipo de serviço são as seguintes: escolha, concorrência, preço e iniciativa. No quesito valor, 34% acreditam que o que se gasta com o aplicativo é menos do que com os táxis. E tem mais: 39% dos participantes do estudo defendem que os taxistas não devem monopolizar o transporte privado das cidades e 58% acham que eles são os responsáveis pelos conflitos, já que não aceitam a concorrência.
Entretanto, 24% diz que as duas partes são culpadas pelas brigas e que deve haver mais conversa, 16% colocam a culpa central no poder público, e 2% acham que os responsáveis pelos desentendimentos são os motoristas do Uber. “Tão necessária quanto a regulamentação é o diálogo entre as partes. Com isso, a regularização e a diminuição da resistência dos taxistas, os conflitos vão diminuir e o consumidor vai poder exercer livremente sua preferência, que hoje é pelo aplicatico”, complementa Rubens Hannun, diretor da H2R Pesquisas.