4 fatores que têm deixado os combustíveis cada vez mais caros

4 fatores que têm deixado os combustíveis cada vez mais caros. Entre eles, o aumento da demanda e a valorização do dólar.

Em todas as regiões brasileiras, seja o etanol, a gasolina ou o diesel, a crescente alta dos combustíveis tem impactado diretamente o bolso do brasileiro. Entre os fatores relacionados a alta, estão a valorização do dólar, a restrição de oferta que não acompanhou o aumento da demanda com o retorno da economia e a alta no preço de biocombustíveis. Entenda mais.

A valorização do dólar e o aumento da demanda são algumas razões (Foto: Pixabay)

Combustíveis cada vez mais caros: entenda os motivos da alta

No mês de setembro, a gasolina teve alta de 2,31% no comparativo com agosto, onde registrou preço médio de R$ 6,260. Para método de comparação, em janeiro desse ano, o valor era de R$ 4,816, ou seja, 30% a menos. Em setembro de 2020, o preço médio da gasolina era de R$ 4,528.

Já o etanol teve alta de 4,11% quando comparado com o mês anterior, onde o combustível era comercializado em uma média nacional de R$ 3,085. Com a elevação dos preços, a dúvida que fica é: quais os motivos para a alta crescente dos combustíveis?

Demanda em alta e oferta em baixa

Não só no Brasil, mas em diversos países do mundo, o retorno à normalidade segue em passos contínuos. Mais pessoas voltam aos empregos e consequentemente, os combustíveis são mais procurados se comparado com 2020, quando muitos se adequaram ao home office.

Na última semana, por exemplo, o preço do barril de petróleo passou dos US$ 80, algo que não acontecia desde outubro de 2018.

Junto com o aumento da demanda, outro fator que impacta diretamente no preço do combustível é a produção que não acompanhou o ritmo crescente. Isso aconteceu justamente para não desvalorizar o preço do barril de petróleo.

A Opep, Organização dos Países Produtores de Petróleo, decidiu em 2020 diminuir a produção do mesmo para que o impacto no preço da matéria prima não fosse tão significativo.

Dessa forma, com uma oferta mais restritiva, e com a demanda em alta, o preço final do combustível consequentemente é mais alto.

Desde o início da maior demanda, a produção do barril do petróleo segue com um aumento gradativo, no entanto, acredita-se que o retorno da produção normal do mesmo só aconteça em meados de dezembro de 2022.

O preço do barril de petróleo já passa dos US$ 80 (Foto: Pixabay)

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Dólar em alta impacta no preço dos combustíveis, que ficam cada vez mais caros 

Como já mencionado, o preço do barril de petróleo aumentou. Além desse fator, é importante considerar que o mesmo é cotado em dólar, que também sofreu aumento em relação ao real. Dessa forma, por aqui, o reflexo do aumento do petróleo acaba sendo refletido de forma mais impactante.

Hoje, 4 de outubro, a moeda norte-americana está cotada R$ 5,36. Dessa forma, o valor do barril de petróleo, que tem preço acima dos US$ 80, é de R$ 428,8 a unidade.

Biocombustível em alta 

Por fim, o biocombustível também reflete no preço de combustíveis fósseis. Isso porque tanto a gasolina quanto o diesel, também usam o álcool anidro em sua composição.

Na gasolina o percentual é do biocombustível é de 27% já no diesel é 10%.

Segundo o Cepea/Esalq o mesmo já teve alta de 60% em relação ao início do ano. Uma das explicações para o aumento é a baixa na produção de cana-de-açúcar devido os efeitos climáticos que atinge o país nos últimos meses.

Combustíveis cada vez mais caros : Dólar está cotado em R$ 5,36

 

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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